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Procura por dólar turismo salta 259% com retomada das viagens internacionais
Fonte: O Globo online (por Vitor da Costa), publicado em 09/08/2022.
O movimento ainda não significa uma retomada aos níveis pré-pandemia, mas já é suficiente para que casas de câmbio intensifiquem investimentos, com a abertura de lojas e contratação de profissionais.
Segundo dados levantados pela Associação Brasileira de Câmbio (Abracam), a procura pelo dólar turismo subiu 259% no primeiro semestre de 2022 ante o mesmo período de 2021. No caso do euro, o avanço é de 550% na mesma base de comparação.
Em relação ao primeiro semestre de 2019, quando as pessoas nem imaginavam que haveria uma pandemia, a procura por dólares é 54,49% menor, e aquela por euros, 52,84% inferior.
Segundo a presidente executiva da Abracam, Kelly Massaro, fatores como a reabertura de fronteiras, que favoreceu o turismo, e a retomada de viagens represadas explicam o fenômeno.
Além disso, no primeiro semestre, o dólar ajudou. A moeda comercial fechou o período com queda de 6,14% ante o real. O câmbio turismo costuma ser cotado um pouco acima do preço comercial, mas acompanha o movimento.
— A abertura de fronteiras, o estímulo da sociedade em viajar e a confiança na vacina são fatores que aumentam gradativamente a procura pelas moedas estrangeiras. Ainda estamos realizando algumas viagens represadas dos anos em que as fronteiras ficaram fechadas — diz Kelly.
Segundo dados da plataforma Melhor Câmbio, que traz comparações de cotações, o número de pessoas que fizeram cotações por moedas estrangeiras foi de 9,748,032 no primeiro semestre ante as 2,437,008 pessoas registradas em 2021, mas abaixo das 14,622,048 de 2019.
Na Frente Corretora, a procura por dólar turismo subiu 300% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2021. Segundo a corretora, a cotação média do dólar no período foi de R$ 5,20, e a média de compra de moeda estrangeira por viajante foi de R$ 12 mil.
O economista-chefe da Frente, Fabrizio Velloni, destaca que o movimento superou as expectativas do início do ano, além de permitir que a empresa fizesse investimentos em sua rede de autoatendimento (ATM) em caixas eletrônicos parceiros e na contratação de funcionários.
— Fizemos um investimento em tecnologia, uma rede de ATM própria para fazer saque de dólar e euro. Efetuamos contratação na parte de logística, entrega de moedas e mesas de operação para fazer o fechamento junto aos bancos — conta Velloni.
A Frente aumentou as contratações em 10%.
Na Europa Câmbio, braço voltado para o varejo do Grupo B&T, a quantidade de operações de câmbio turismo saltou de 15,5 mil no primeiro semestre de 2021 para 70,7 mil este ano.
O movimento indica a retomada aos patamares pré-pandemia, mas ainda abaixo do volume dos seis primeiros meses de 2019, quando registrou 89 mil operações.
— Sempre vimos uma procura mais pronunciada do dólar em relação ao euro, porém, neste ano, tivemos uma busca mais intensa pelo euro. É uma mudança de comportamento, talvez pela desvalorização da moeda europeia contra outras no mundo — afirma o diretor comercial do Grupo B&T, Tulio Portella.
No primeiro semestre deste ano, houve aumento de 30% no quadro de colaboradores, atualmente em 64 pessoas. Além disso, está prevista a abertura de mais duas lojas da empresa, que deve chegar a 21 unidades.
Dólar mais caro é barreira
No caso da Cotação DTVM, o crescimento de venda de câmbio turismo aumentou 400% no primeiro semestre deste ano em relação a 2021. — Em alguns meses, chegamos perto dos números de 2019. Com o dólar abaixo de R$ 5, vimos que ocorreu claramente uma antecipação de compra para uma viagem que iria ocorrer meses à frente — conta Alexandre Fialho, diretor de serviços financeiros do Grupo Rendimento, que controla a Cotação DTVM.
Na avaliação dos participantes do setor, a demanda reprimida continuará existindo, mas a perspectiva de um dólar mais alto em relação ao primeiro semestre tende a arrefecer a retomada.
— Estamos com uma visão um pouco mais cautelosa para o segundo semestre. Temos a moeda subindo, a diminuição das viagens represadas, e é ano de eleição — diz Kelly.
A presidente executiva da Abracam ressalta que a melhor opção é realizar a compra de forma escalonada, já que não é possível prever quando a cotação estará mais vantajosa:
— Você compra em determinados momentos quando o mercado melhora um pouquinho para, na média, ter a melhor taxa.
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2023 © Cotação DVTM - Todos os direitos reservados.
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